Midia Recôncavo - Oficial - Por Anderson Bella

segunda-feira, 24 de março de 2008

Maragogipe - Dados Geográficos e Demográficos

Maragogipe - A Geografia

Para entender um pouco sobre a rica e opulente história dessa maravilhosa cidade há uma necessidade de conhecermos um pouco sobre os Dados Geográficos e Demográficos atuais, pois em razão deste conhecimento ficaremos cientes de como a geografia do lugar também é de extrema importância para o processo histórico.

Dados Geografícos e Demográficos Atuais

Caracterização de Maragojipe

Maragogipe está localizada no Recôncavo Sul e está a 133 km da capital baiana, têm uma área de 450 km² e está a uma altitude de 50 metros acima do nível do mar segundo o IBGE, no ano 2000 a população total era de 40314 sendo 21043 na área urbana e 19271 na área rural, agora com a contagem populacional realizada pelo IBGE em 2007 foi para 42.079 o número de habitantes, que houve um aumento da população rural, principalmente por motivos econômicos, exemplo a pesca e as atividades desenvolvidas no pólo petroquímico no distrito de São Roque, outros fatores também contribuíram para isso, mas no momento não tenho como relatar .... há 92,45 habitantes por quilômetro quadrado e temos um eleitorado de 32 384 este último dado foi divulgado em 2004 pelo TRE.


Relevo

Maragojipe está localizada no Recôncavo baiano, às margens da Baía do Iguape, ocupando um espaço territorial de 450 Km2, entre os paralelos, de 12º47’ de latitude sul e38º56’ de longitude oeste de Greenwich. A sede municipal se encontra a uma altitude de 50 metros em relação ao nível do mar. Artesanato cerâmica utilitária, esteiras e chapéus de palha. Folclore – Burrinha, bumba-meu-boi, São João Pé de Serra, carnaval dos mascarados. Maragojipe, cidade localizada a beira do Rio Paraguaçu, onde se forma uma baía interna denominada Baía do Iguape. Baía de Todos os Santos, é considerada a maior baía do país, esconde recantos fantásticos. Recôncavo significa cavidade, fundo de baía, terra circunvizinha de uma cidade ou porto. Formado por cidades como cachoeira, São Félix, Santo Amaro, Nazaré e Maragojipe, o Recôncavo foi, desde seus primórdios, uma região de base agrícola, que durante muito tempo teve sua produção exportada para a Capital pelas águas da Baía de Todos os Santos, com destaque para o açúcar, durante o período colonial, e para o fumo, na virada do século XX, sobretudo Maragojipe, cuja produção começou a declinar na década de 50, até a extinção total no início dos anos 90. Atualmente passando por uma grave crise econômica, a região busca novas alternativas para a revitalização de sua economia, vislumbrando como uma delas o turismo. Para ter uma compreensão clara do processo de ocupação territorial, é necessário ter uma idéia do que é realmente o Recôncavo, esta área histórica conceituada por diversos pesquisadores. Grosso modo, Recôncavo significa fundo de baía, mas passou abranger as terras vizinhas adjacentes, com mangues, baixios, serras e tabuleiros. Atualmente, a Baía de Todos os Santos, sofre um processo acelerado de poluição ambiental, que se registra em todos os níveis, desde a doméstica com os esgotos, à industrial, que ocasionam a redução da psicosidade. Esse fenômeno está também presente em diversas áreas do Recôncavo, principalmente no que concerne à vertente hídrica, com os efeitos do chumbo, manganês, mercúrio, agrotóxicos, lixo e esgoto. O Município se limita com Cachoeira Baía De Todos os Santos, Saubara e Salinas da Margarida a leste; Jaquaripe e Nazaré ao sul; São Filipe a oeste e São Felix e Cachoeira ao norte. A sede municipal dista 133 km de Salvador 69 km de Feira de Santana, por via rodoviária. Maragojipe é formada por 06 distritos: Sede, Guaí, Guapira, Nagé, Coqueiros e São Roque. Caracterização entre Maragojipe e os Distritos: Maragojipe e Nagé : Começa na nascente do Riacho Bacalhau, seguindo em reta até marco no lugar Viração, daí em até o marco da passagem da estrada de Maragojipe no Riacho Cachoeirinha. Maragojipe e Guapira : Começa na nascente do Riacho Bacalhau e desce por este até sua foz no Riacho Sinunga, daí em reta até o marco da passagem da estrada de Maragojipe no Riacho Cachoeirinha. Maragojipe e Guaí : Começa no marco da passagem da estrada Maragojipe no Riacho Cachoeirinha, e desce por este até a foz no Rio Guaí, por este abaixo até sua foz no Rio Paraguaçu. Maragojipe entre os Distritos de Nagé e Coqueiros : Começa no Rio Paraguaçu na foz do Riacho Nagé, subindo por este até sua nascente; daí em reta até a nescente do Rio Batatan, pelo qual desce até sua foz no Rio Sinunga Maragojipe entre os Distritos de Nagé e Guapira : Começa na nascente do Riacho Papa-Gente e daí em reta até a nascente do Riacho Bacalhau. Maragojipe entre os Distritos de Guapira e Guaí : Começa no marco da passagem da estrada de Maragojipe, no Riacho Cachoeirinha, daí em reta até a nascente do Riacho Cerqueira; desce por este até sua foz no Rio Copioba-Açu. Maragojipe entre os Distritos de Guaí e São Roque do Paraguaçu : Começa na foz do Ribeirão do Ferreira no Rio Copioba-Açu, daí em reta até a nascente do Rio Guaí; daí por outra reta até o marco no lugar Mutuca à margem do Rio Paraguaçu.


Clima


O relevo do Município é caracterizado pela existência de planícies (marinhas e fluviomarinhas) e tabuleiros (pré-litorâneos e interiorânios). Dentre eles os acidentes geográficos encontrados em seu território, cabe destacar para as inúmeras ilhas fluviais como a do Pena, Ponta de Souza, Barra do Paraguaçu e dos Franceses.


Pedologia


O clima do Município é do tipo úmido e sub úmido, apresentando temperatura média anual de aproximadamente 25,4ºC, ocilando entre a máxima de 31ºC. As precipitações pluviométricas registradas em série histórica apresenta uma amplitude variável entre 1.000 e 1.800 mm. O período chuvoso ocorre entre os meses de abril e junho, não existindo, entretanto, risco de seca.


Hidrografia


O solo é composto por Podzólico Vermelho-amarelo, Brunizen avermelhado, Halomóficos indiscriminados de mangue; Latossolos Vermelho-amarelos álicos de textura variada e areias quartzosas depositadas durante o período Quartenário. Os processos morfodinâmicos atuantes em geral estão relacionados à infiltração de águas. O escoamento superficial difuso é notório sobre as áreas planas e fitoestabilizadas, caracterizando um ambiente com tendência a instabilidade. Nestas áreas observamos manguezais de grande porte a extensão, o que propicia às águas deste estuário uma grande produtividade primária. (Carlinhos de Tote, “Pedologia”, Trajetória, pg 92 - Grafica Oxum Ltda, Salvador-BA)


Vegetação


A malha hidrográfica está vinculada à Baía do Iguape onde percebemos o Rio Paraguaçu, principal rio que banha o município de um lado e o Rio Guaí do outro, formando assim essa Baía rica é majestosa, cheia de história antes de desaguar na Baía de Todos os Santos. Também se integram a essa malha vários rios menores (Rio Batatã, Rio Cerqueira, Rio Inhauma, Rio do Navio, Rio Alemão e outros)


Ecossitema


Existe uma grande quantidade de ecossistemas com a predominância das seguintes formações vegetais : Floresta ombrófila densa, Floresta estacional semidecidual, Formações pioneiras com influência fluviomarinha – mangue arbórea. Os mangues são típicos das zonas tropicais e se constituem em um dos ecossistemas de maior produtividade. São resultantes de processos de acumulação fluviomarinha e localizam-se geralmente nos deltas dos rios. Os mangues são presentes próximos ao estuário do Rio Paraguaçu são hospedeiros de uma fauna rica, povoados principalmente por moluscos e crustáceos. São formações pioneiras que predominam em áreas pedologicamente instáveis, em função da deposição constante de areia do mar e do rejuvenescimento do solo ribeirinho com deposições aluviais e lacustres. Nos médio e baixo trechos da Bacia do Rio Paraguaçu, este tipo de formação ocorre em áreas de influência fluviomarinha (manguezal arbóreo). Nas áreas com influência marinha encontra-se espécies como o Mangue Vermelho (Rhizophora mangle), predominante na região, e nas comunidades aluviais a vegetação se constitui de espécies paludícolas e psamófilas e por palmeiras de áreas alagadiças. As áreas que margeiam a Baía do Iguape e o estuário do Rio Paraguaçu sofrem constante influência das marés (cunha salina) e abrigam os manguezais , ecossistemas desenvolvidos nestas áreas de transição entre os meios terrestre, fluvial e marítimo. A diversidade de espécies vegetais desse tipo de ecossistema é pequena, e as existentes desenvolveram sistemas peculiares de adaptação para sua sobrevivência nestes meios salobrosos. A vegetação do manguezal se constitui basicamente de 3 espécies: O Mangue Vermelho (Rhizophora mangle) se desenvolve em águas mais salgadas e possui uma profusão de raízes que apresentam pequenos orifícios (lenticelas) por onde as plantas respiram; o Mangue Preto ou Saraíba (Avicennia shaueriana) se desenvolve onde a lama é mais firme, com menos oxigênio, fazendo com que suas raízes cresçam para fora em busca de ar; e o Mangue Branco (Laguncularia racemosa) se desenvolve em terrenos mais arenosos, próximos à terra firme. Em alguns locais pode ocorrer também o Mangue de Botão (Conocarpus e Acrostichum aureum). Os manguezais são hospedeiros de uma fauna rica, povoados principalmente por moluscos e crustáceos. Este tipo de vegetação é de fundamental importância, tanto biológica quanto social. Os manguezais são ecossistema vital para o equilíbrio ecológico da zona costeira, por serem ricos em nutrientes. É lá que a vida marinha se alimenta e se reproduz, e onde muitas espécies de aves encontram alimentos em abundância e refúgio natural para se reproduzirem. Toda essa riqueza favorece a piscosidade dos recursos hídricos da região, garantindo também a sobrevivência de muitas colônias de pescadores e comunidades ribeirinhas. Do mangue depende mais de 70% (setenta por cento) da população do município, direta ou indiretamente. Maragojipe está contida na Reserva Extrativista Marinha da Baía do Iguape – RESEX. e na APA – Área de Proteção Ambiental da Baia de Todos os Santos.





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