Midia Recôncavo - Oficial - Por Anderson Bella

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Responsáveis por fábrica de fogos que explodiu em Santo Antonio de Jesus há 12 anos são julgados em Salvador




Começou por volta das 9h desta quarta-feira, 20, com atraso de 1h, o julgamento do empresário Osvaldo Prazeres Bastos e dos seus familiares Mário Fróes Prazeres Bastos, Ana Cláudia Almeida Reis Bastos, Helenice Fróes Bastos Lírio, Adriana Froés Bastos de Cerqueira, Berenice Prazeres Bastos da Silva, Elísio de Santana Brito e Raimundo da Conceição Alves, responsáveis pela fábrica clandestina de fogos que explodiu matando 64 pessoas, em Santo Antônio de Jesus, no dia 11 de dezembro de 1998. O júri é realizado no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, sob o comando do juiz Moacyr Pitta Lima, da 2ª Vara Crime, e não ha previsão para o seu encerramento.

 
Três testemunhas de acusação, entre elas a funcionária da fábrica, Maria Joelma, que sobreviveu ao acidente mas perdeu uma irmã na explosão, são ouvidas pelo juiz. Além delas, testemunhas de defesa e os réus também prestarão seus depoimentos. Ao final dos depoimentos, haverá um debate entre acusação, a cargo da promotora Isabel Adelaide Moura e do assistente Aton Fon Filho, e defesa, comandada pelo advogado da família Bastos, Alfredo Venet.
 
O julgamento, que foi transferido de Santo Antônio de Jesus para Salvador em 2009, é acompanhado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que denunciou o Brasil à Comissão Interamericana de Direitos Humanos devido à morosidade para julgar o caso. Por conta disso, um representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República está presente no Fórum.
Caso - O acidente aconteceu na manhã do dia 11 de dezembro de 1998. A explosão, que matou 64 pessoas, entre elas duas crianças, aconteceu no galpão da fábrica clandestina, que possuía mais de 1.500 kg de fogos. Cinco pessoas sobreviveram à explosão com ferimentos graves.
De acordo com Iraci da Silva, de 53 anos, que perdeu a filha Ana Claudia da Silva na explosão, muitas crianças trabalhavam com fogos de artifício na época do acidente em Santo Antônio de Jesus. "Minha filha trabalhava com fogos desde os 7 anos, na época do acidente ela tinha 21. Lá em Santo Antônio era normal ver crianças trabalhando com fogos. Depois do acidente, começou a diminuir", afirma.
A Tarde

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