Midia Recôncavo - Oficial - Por Anderson Bella

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Reitor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano é acusado de racismo ao justificar problemas da instituição

O reitor da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano), Paulo Gabriel Nacif, é acusado de ter feito declarações racistas durante uma conversa, gravada em vídeo, com alunos da instituição. Ele relaciona a “cor”, a “renda” e a “formação do trabalhador” às dificuldades encontradas pela instituição. No vídeo, Nacif afirma: “A interiorização vista de diversas formas por vocês tem que ser concebida também do ponto de vista de formar uma relação de servidores técnicos administrativos, formar uma relação de gestores, que não é só o reitor. Então, assim, a universidade funciona precariamente mesmo. Sabe, uma universidade que nasce no interior, cujos trabalhadores são do interior. Se a gente for ver pela cor do trabalhador, se a gente for ver pela renda do trabalhador que nós temos na UFRB a gente vai ver que... a formação do trabalhador, a gente vai ver que aqui tem um desafio maior”. A declaração teria sido feita no dia 7 de outubro deste ano.


Uma estudante presente ao encontro contesta a declaração do reitor. “A gente não pode considerar de forma alguma é o senhor dizer que o fato de a universidade estar no interior, os funcionários do interior e a cor dos funcionários interfere diretamente na atuação da UFRB.” Desde o começo do mês, os alunos da instituição vêm fazendo uma série de protestos. Eles pedem a melhoria da infraestrutura da UFRB.

Outro lado

Procurado pelo UOL Educação, o reitor afirmou que o fato "não retrata a verdade" e que ele é um militante do movimento que combate o preconceito racial.

"Implantamos uma instituição com muito esforço, a ideia era contextualizar a questão socioracial do Recôncavo. Não houve afirmação para diminuir nossos servidores", afirmou. "Em uma sociedade racista como é a brasileira, implantar uma universidade de repente é algo muito duro", completou.

O reitor divulgou uma nota oficial (leia aqui a íntegra) afirmando que o episódio é "lamentável".
Informações do Uol Educação

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