Midia Recôncavo - Oficial - Por Anderson Bella

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Moradores criticam criação de termelétrica em Governador Mangabeira

A direita, local de Construção da Termelétrica [Foto: Anderson Bella]
Após duras discussões a respeito da criação de uma termelétrica no município de Sapeaçu, agora os moradores de Governador Mangabeira começam o enfrentamento de um processo duro e sistemático contra a chegada da usina para a comunidade. Na manhã desta terça-feira (11), a equipe do Mídia Recôncavo esteve presente, a convite, na comunidade da Mangueira, que fica localizada as margens da BR 101, para ouvir as reclamações de moradores do local onde será instalada.
Foto: Anderson Bella
De acordo com informações do site do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, a Usina Termelétrica a Óleo - MC2 Governador Mangabeira - BA já está em fase de licitação desde o dia 30 de setembro de 2012. Já a Portaria nº 215 de 12 de abril de 2012, em seu Art. 1º, aprova o enquadramento da Central Geradora Termelétrica denominada UTE MC2 Governador Mangabeira, de titularidade da empresa UTE MC2 Governador Mangabeira S.A., inscrita no CNPJ/MF sob o no 10.506.691/0001-53, no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura - REIDI. Porém, de acordo com os moradores, os órgãos ambientalistas ainda não explicaram os impactos que poderão ser causados na região.
Foto: Júlio César
Para Dona Lourdes, moradora do local há 62 anos, a implantação da termelétrica vai prejudicar toda a comunidade. "Sou contra, não quero que essa usina venha queimar óleo em nossa comunidade, meus filhos nasceram e se criaram aqui nessas terras. Não se trata apenas de dinheiro, mas de um bem imaterial, uma história de amor e dedicação." relata.
Foto: Anderson Bella
Já o morador popularmente conhecido por Davi da Mangueira, informou que uma equipe da Prefeitura Municipal de Governador Mangabeira se fez presente no local e relatou que não se tratava da instalação, apenas de uma análise do local. "Aqui já tem atés os marcos da Petrobras informando a proteção do local por Lei. Os funcionários da empresa alegaram que precisavam dos nossos documentos. Eu disse para eles que os documentos pessoais pertencem a mim, mas eles nos disseram que iriam deixar uma apostila, mas que só poderia me passar depois que eu entregasse os documentos... Eles nos ofereceram colégios, postos médicos, muitas promessas mentirosas. Assim como se mobilizaram em Sapeaçu, estaremos aqui para fazer o mesmo.” Conclui Davi, que foi eleito vereador nas eleições deste ano. Reportagem: Anderson Bella - Mídia Recôncavo


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