Muritiba: Delegada diz que liberou suposta quadrilha de acordo com a lei

Uma possível desarmonia entre as policias pode está sendo prejudicial a segurança-pública da cidade. Na madrugada da última quinta-feira, a Polícia Militar prendeu uma quadrilha de origem paulista em São José do Itaporã, distrito de Muritiba. Segundo o Major Lazzillote, Comandante da Polícia Militar na região afirmou em entrevista a Mangabeira FM que as dez pessoas presas por suas equipes são de alta-periculosidade, com passagens por assalto à mão armada, homicídio, tráfico de drogas e roubo de veículo. A quadrilha foi presa pela Militar após investigações que levaram até a casa de Cristiane Cruz Nascimento Souza, 23 anos, responsável por abrigar os acusados em sua residência. De acordo com a PM a quadrilha também pode ser a responsável pela explosão a uma Agência bancária em São José no último mês de Setembro.

A LIBERAÇÃO:

Os acusados foram presos pela Militar e quando apresentados na Delegacia de Polícia Civil, foram ouvidos com a presença dos advogados de defesa e liberados pela autoridade policial. Com eles foram encontradas carregadores de pistolas ponto 40, dinheiro, motos com suspeitas de irregularidades. Segundo o setor de investigação da Militar a quadrilha é responsável por diversos assaltos e roubo na região. Para a Delegacia, as provas apresentadas não são suficientes para manter os acusados presos. Os nove homens e a mulher presa na ação estão em liberdade. Policiais que prenderam os acusados dizem não concordar com a ação da Delegacia local.

VERSÃO DA DELEGADA:

Em contato com o site Voz da Bahia, a delegada Jocelina Ferrão, afirmou que agiu mediante a lei. Segundo a chefe da Polícia Civil, o material apresentando pela Militar não configura crime afim de manter os acusados presos. De acordo a delegada, as pessoas presas tinham passagens pela Polícia, entretanto não tinha nenhum mandado de prisão em aberto. “Não vou atuar de forma arbitrária para agradar ninguém. Nada incriminava as pessoas presas, e toda vez que me apresentarem dessa forma, será liberado o acusado. Ao longo dos meus anos como profissional agir como manda a lei. Não vou de encontro aos meus princípios, de forma alguma. Sou delegada para atuar rigorosamente dentro das leis, e graças a Deus, tenho feito isso, desculpe-me a modéstia; muito bem. Nunca recebi reclamações dos meus superiores, pois faço tudo correto. Quando me apresentarem mediante as provas, agirei como manda a Justiça. Segundo a autoridade policial, não existe desarmonia, existe trabalho, porém cada instituição fazendo a sua, afim de proteger a sociedade muritibana. Reportagem: Fábio Santos