Tabuleiro da base governista para 2014 é movimentado
A
entrada em cena de mais dois pré-candidatos na corrida para a sucessão
estadual, a senadora Lídice da Mata (PSB) e o ex-prefeito de Camaçari e
ex-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) Luiz Carlos Caetano
(PT), ampliou para seis as peças do tabuleiro da base governista para
2014.
Lídice
e Caetano revelaram na quarta-feira a intenção de ser candidatos a
governador no ano que vem. Mas já estavam no páreo o presidente da
Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), e petistas que ainda não
expressaram publicamente seu desejo. É o caso do chefe da Casa Civil
estadual, Rui Costa, o senador Walter Pinheiro e o secretário de
Planejamento, José Sérgio Gabrielli.
Caetano
acabou fortalecendo seu nome com a eleição da prefeita de Cardeal da
Silva, Maria Quitéria (PSB), para presidente da UPB. Ele deu pistas de
seu intento em discursos após a vitória da gestora, mas confirmou em
conversa com A TARDE que quer ser candidato.
Saia justa - "Se
depender da minha própria vontade, serei. Se depender da vontade de meu
partido, também eu seria", disse Lídice, ponderando que tudo depende de
"composições, lideranças políticas, articulações e alianças". "Isso não
é novo. Em nenhum momento eu disse algo como: vou ser candidata a
qualquer custo, de qualquer maneira. Não disse isso" .
Lembrando
que pelo "dever de lealdade" e "confiança mútua" mantém diálogo
transparente com o governador Jaques Wagner, a senadora afirmou que há
tempo e que não tem pressa: "Quem muito se apressa, cansa".
Sobre
suposta saia justa, aqui na Bahia, no caso do correligionário Eduardo
Campos sair candidato à Presidência da República, Lídice preferiu não
especular. "A possibilidade de Eduardo ser candidato... eu posso ser
uma candidatura na Bahia e ter dois palanques; eu posso não ter
candidatura na Bahia e um partido ter um candidato... enfim... são
tantas as especulações que eu acho que isso não seja algo definidor do
processo político-eleitoral, pelo contrário".
E
completou: "A insistência de se colocar essa questão é querer dar uma
caracterização de que o PSB se encontra diante de um grande problema. E o
PSB não se encontra diante de problema nenhum. Não será saia justa
nenhuma, será uma questão política, que será discutida pelo partido",
afirmou.
Sobre
a UPB, que é dirigida agora por uma prefeita do seu partido, a
senadora enfatizou que a entidade não está nas mãos do PSB. "Está na mão
de uma prefeita que foi eleita, que é do PSB. Mas o PSB não reivindicou
dirigir essa entidade porque não tem uma visão aparelhista, de imaginar
que, com uma prefeita à frente, possa utilizar a UPB para fazer valer
sua própria política-eleitoral dentro dessa entidade", salientou.
Marcadores: Politica
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