Morre, aos 74 anos, o humorista Clayton Silva do programa 'A praça é nossa'
Amigo de praça — e de longa data
— de Carlos Alberto de Nóbrega desde a estreia do humorístico “A praça é
nossa”, em 1987, Clayton Silva ficou famoso por cunhar os bordões “Tô de olho
no sinhô” e “Êta fuminho bom”, marcas registradas de seus personagens Louco —
que fazia apostas para que adivinhassem suas charadas — e Caipira — que adorava
contar causos ao lado do padre interpretado por Paulo Pioli. A trajetória do
humorista na televisão é ainda mais antiga. Sua carreira na frente das câmeras
começou nos anos 1960, quando estreou no programa “Miss Campeonato”, na TV
Paulista, no qual vivia o personagem Juventus. Também integrou o elenco do
“Praça da alegria”, comandado por Manuel de Nóbrega, pai de Carlos Alberto. Na
década seguinte, fez participações em alguns quadros de “Os Trapalhões”, na TV
Globo.
Mineiro nascido em Uberlândia
em 6 de fevereiro de 1938, Clayton deu os primeiros passos rumo ao meio
artístico ainda em sua cidade natal, quando começou a fazer teatro. E foi lá
mesmo que escreveu e produziu seu primeiro programa de rádio, “Tudo pode acontecer”.
Clayton também deixou sua
marca no cinema nacional, onde participou de filmes como “Na violência do sexo”
(1978); “O bem dotado, o homem de Itu” (1979), com Paulo Goulart, Nuno Leal
Maia e Fúlvio Stefanini; e “Pecado horizontal” (1982), com Mariza Sommer e
Matilde Mastrangi. Nos últimos anos, ele se dividia entre “A praça é nossa”, no
SBT, apresentações em shows de humor pelo Brasil e um programa na rádio
Central, em Campinas, todos os domingos.
Aos 74 anos, o humorista e
dublador lutava, há três, contra um câncer no pâncreas. Ele vivia em
Indaiatuba, a 90 quilômetros de São Paulo, e estava internado no Centro Médico
de Campinas desde 27 de dezembro. No último dia 5, Clayton passou por uma
cirurgia para retirar parte do tumor. Desde então, estava internado na UTI do
hospital.
O ator morreu anteontem, por
volta das 16h. O velório aconteceu na tarde de ontem, no Cemitério Memorial de
Indaiatuba. Em seguida, seu corpo foi cremado no cemitério Vila Alpina. Clayton
Silva deixa mulher, Isis, com quem era casado há 50 anos; três filhos, Clayton,
Andréa e Érica; e quatro netos. (O Globo)
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