Setor de panificação descarta aumento do preço do pão
O possível aumento de 10% para 30% da taxa de importação do trigo proveniente dos Estados Unidos não deverá afetar o preço final do pão consumido pelos baianos. Pelo menos, é isso que garantem as entidades que representam os empresários do setor.
Nesta terça, o governo publicou no Diário Oficial da União a lista de 102 produtos americanos, dentre eles o trigo, que o País vai retaliar com aumento da tarifa de importação. A medida foi tomada para pressionar os Estados Unidos a derrubarem as barreiras protecionistas de importação do algodão pelos americanos.
A Associação Brasileira de Panificadores informou, através da assessoria de comunicação, que um aumento de preço do pão está descartado, já que os Estados Unidos são responsáveis por somente 10% do trigo importado pelo Brasil.
A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Panificadores da Bahia, Mário Piton, que descartou de maneira peremptória um possível aumento no preço do produto. Segundo ele, a maior parte do trigo importado na Bahia é proveniente da Argentina. “Este aumento no imposto não vai refletir na ponta. Não há a menor possibilidade de reajuste”, explicou Piton.
A polêmica em torno do reajuste foi criada após declarações do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Luiz Martins, cogitando um aumento nos produtos de panificação. Segundo ele, os moinhos do Nordeste seriam os mais afetados, por importar da América do Norte pela proximidade geográfica. O presidente da Abitrigo foi procurado pela reportagem de A TARDE, mas a assessoria de comunicação informou que ele não se pronunciaria sobre o assunto.
Frustração - O primeiro passo nas negociações de uma alternativa “pacífica” para as retaliações comerciais do Brasil aos Estados Unidos frustrou-se ontem com a ausência de uma oferta americana. A expectativa alimentada pelo Itamaraty era de que uma primeira proposta de compensação comercial fosse entregue por Michael Froman, conselheiro-adjunto de Segurança Nacional para Assuntos Econômicos Internacionais da Casa Branca.
Mas, a intenção de Washington de negociar não saiu do plano retórico. Em paralelo, fontes do governo informaram que a lista de direitos de propriedade intelectual que podem ser retaliados já está “praticamente pronta”, embora ainda tenha de ser submetida a consulta pública e a um processo de exame técnico.
Um dos desafios da Camex para tomar a decisão final será dirimir as diferenças entre ministérios que preferem a taxação sobre remessas de royalties e de lucro para a indústria cinematográfica americana e os que insistem na suspensão de direitos, como patentes, do setor farmacêutico daquele país. Froman foi recebido no final da manhã pelo embaixador Pedro Luiz Carneiro de Mendonça. Com informações do A Tarde On Line.
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