História da Irmandade da Boa Morte de São Gonçalo dos Campos se transforma em livro
O doutor em antropologia e professor universitário, Sebastião Heber Vieira Costa, acaba de lançar o livro "Irmãs do Cajado- A Irmandade da Boa Morte de São Gonçalo dos Campos. Trata-se de um importante registro sobre a existência de uma irmandade integrada por mulheres negras com a presença elementos da cultura de matriz africana, a exemplo do ocorre em Cachoeira. O livro, cuja autoria é dividida por Sebastião Heber com Luciano Curvelo Almeida e Rosenete Marques dos Santos, contribui para desfazer a crença da existência de uma única Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte na Bahia. O mesmo coordenador da obra já escreveu sobre a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte de Cachoeira e vem pesquisando sobre a mesma entidade na cidade de Maragogipe. O livro lançado recentemente, pode servir de guia para outras investigações antropológicas à respeito da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte da cidade de São Gonçalo dos Campos. Toda contribuição no sentido de difundir o conhecimento será sempre louvável, sobretudo com o objetivo de salvaguardar tradições seculares preservadas apenas através da oralidade. Parabéns, portanto, ao padre Sebastião Heber Vieira Costa pela iniciativa. O conhecimento e o saber devem ser compartilhados para evitar atitudes exarcebadas do domínio exclusivo de certos temas relacionados à cultura negra no Recôncavo da Bahia. A concentração do conhecimento promove novos tipos de escravidão, fomenta a intolerância e o autoritarismo. Para o iluminado pensador Joaquim Nabuco, a escravização do africano e seus descendentes revela-se "criminoso, capaz de corromper o espírito tanto da vítima quanto do algoz".
Alzira Costa
Marcadores: São Gonçalo dos Campos
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