No embalo de Michael Jackson, Bahia depena o ASA no segundo tempo

Ávine faz o primeiro gol e vibra (Foto: Ag. Estado)

Com muita festa num Pituaçu lotado, o Bahia fez sua parte e mais um pouco ao triturar o ASA-AL por 5 a 1, neste sábado, com show particular - literalmente - de Adriano, o Michael Jackson, que meteu três, exibiu sua tradicional dancinha e chegou a seis nos últimos dois jogos no estádio. A partida foi morna só no primeiro tempo, que terminou com vantagem magra do Tricolor.

Com o resultado, o time de Márcio Araújo vai a 55 pontos, ultrapassa o América-MG e se consolida na terceira posição na tabela, a seis rodadas do fim da competição. Já o clube de Arapiraca, que vinha de cinco triunfos, cai para 9º, com 44, e vê se tornarem remotas as chances de acesso.

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Mesmo sem Ciel, suspenso, o ASA não facilitou a vida do Bahia no começo. Em contragolpes bem trabalhados e sem medo de arriscar, quase marcou com Sylvestre, aos seis, aproveitando-se de falha do zagueiro Luizão, mas Fernando fez defesa de puro reflexo. O Tricolor tocava a bola, parecia ter o controle do jogo, mas não penetrava na área com eficiência.

O panorama não mudou muito até o terço final do primeiro tempo, morno de uma maneira geral. Até Ávine receber passe na esquerda, avançar e fuzilar cruzado o gol de Jorge Miguel, abrindo o placar, aos 38. Era a senha para os 22 mil torcedores voltarem a apoiar e acreditar na vitória, sob os gritos de "Vamos subir, esquadrão!", em melodia de música dos extintos Mamonas Assassinas.

O esforço do ASA não resistiu muito após o intervalo. Michael Jackson resolveu "entrar" no jogo e, aos sete, concluiu cruzamento de Arílton: 2 a 0. Pouco depois, aos 18, ganhou dividida de Plínio e deu um toquinho de muita categoria para encobrir o goleiro. A partir deste gol, voltou a dançar exibindo seu pano com a imagem do Rei do Pop, falecido há um ano e meio.

Endiabrado, Adriano fez mais um aos 21. Só que o gol foi anulado por marcação de impedimento, que, na realidade, não existiu. Não tinha problema. Sem dar descanso ao combalido rival, o ídolo garantiu seu terceiro, de cabeça, aos 24 minutos. Com os pontos já certos, a equipe deu mole e, na saída de bola, Cleiton observou que Fernando estava desatento para fazer o de honra, de longe.

Minutos antes do fim, Michael Jackson foi substituído, exausto, para ser exaltado pela galera. Para fechar com o quinto, pênalti marcado para o Bahia aos 47, e Rodrigo Grahl, artilheiro do clube no ano, que acabara de entrar, deixou o seu, com direito a cavadinha estilo Neymar e Loco Abreu.

Agora, o Tricolor tem o Paraná pela frente, fora de casa, na próxima sexta. O ASA recebe a Lusa.