Midia Recôncavo - Oficial - Por Anderson Bella

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ministério recomenda fusão entre Insinuante e Ricardo Eletro


A fila de avaliação de grandes fusões no comércio começou a andar. Após um ano e quatro meses do anúncio da união entre as Lojas Insinuante e Ricardo Eletro, o Ministério da Fazenda concluiu que o negócio não traz problemas à concorrência e recomendará ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que aprove a operação, sem restrições. O parecer da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda deve ser publicado na próxima semana. O documento será encaminhado à Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, antes de ser levado ao Cade. A SDE costuma acompanhar as recomendações da Seae. A fusão das duas redes varejistas - que opera sob a holding Máquina de Vendas - criou o segundo maior grupo do setor no Brasil, com 8% do mercado.

A criação de mais essa gigante do varejo se soma à onda de formação de grandes conglomerados no País. A união fica atrás apenas do Pão de Açúcar, que aguarda uma decisão do Cade a respeito das compras de Ponto Frio e Casas Bahia - juntas, elas detém mais de 20% do mercado varejista. A rede Magazine Luiza, que tem uma fatia de 6%, também espera o aval para as operações envolvendo o Baú da Felicidade e as Lojas Maia.

No órgão antitruste, a relatoria do processo sobre a Máquina de Vendas caberá ao conselheiro Carlos Ragazzo, o mesmo que votou contra a fusão entre Sadia e Perdigão. Os dois casos envolvendo o Pão de Açúcar (Casas Bahia e Ponto Frio) serão tratados separadamente pelo Cade e ambos estão com o conselheiro Marcos Veríssimo.

O grupo fruto da fusão entre Ricardo Eletro e Insinuante fatura R$ 5,7 bilhões, com 750 lojas no País, exceto na região Sul.

A projeção do faturamento do grupo para este ano é de R$ 6,3 bilhões e, para 2014, de R$ 10 bilhões. A meta do grupo para 2014 é atingir um total de mil lojas e um quadro de funcionários formado por 30 mil pessoas - atualmente são 21,3 mil. A expectativa de crescimento vai na esteira do aumento da renda dos brasileiros, principalmente dos que estão integrando a classe média. 

Fonte: Estadão/ Recôncavo News

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