Midia Recôncavo - Oficial - Por Anderson Bella

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Polícia quer fechar tradicional rua de prostituição do Recôncavo baiano

As paredes, mesmo sujas e com infiltração, guardam suas histórias. A cerveja, mesmo servida em copos engordurados, está sempre gelada. As mulheres, mesmo com os corpos castigados pela ação do tempo, exibem curvas que atiçam a imaginação masculina. Nas vitrolas, serestas e arrochas embalam os corpos nas camas, mesmo que velhas e sebosas. Mas a libertinagem da Rua do Brega, em Cachoeira, no Recôncavo baiano, mesmo tendo surgido há mais de 150 anos, está perto do fim. Se depender do delegado da cidade, Laurindo Neto, evangélico, as três casas da rua onde funcionam os prostíbulos serão fechadas nos próximos meses. Segundo ele, não é por moralismo, mas por insegurança.

O delegado afirma que os prostíbulos servem como ponto de encontro para traficantes. Inclusive, um dos clientes assíduos é Edmilson Bispo dos Santos Júnior, o Júnior, 27 anos, fundador do Primeiro Comando do Interior (PCI), facção inspirada no grupo criminoso paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).
Rua do Brega abriga prostituição de Cachoeira, no Recôncavo Baiano
“Vou entrar com representação na Justiça para fechar esses bregas, pois eles servem de abrigo para traficantes. No entorno dessas casas de brega circula todo tipo de delinquente”, justifica o delegado.

Prostitutas ouvidas pelo Correio, que preferiram não se identificar, confirmaram que Júnior frequenta as casas. “E paga bem, viu! Tem vezes que paga R$ 100”, contou uma das mulheres que já trabalha na rua há sete anos.
A violência, no entanto, elas confirmam que é uma constante. “Aqui tem muito vagabundo. Traficante? Tem às pencas, mas só vêm aqui para brincar de ser feliz na cama com a gente”, destaca uma. O delegado contesta. “Eles usam os bregas como esconderijo não é só pra sexo”, diz. Informações do Correio

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