Demitido há um ano, ex-ministro mantém renda ligada a cargo
Exonerado pela presidente Dilma Rousseff no fim de 2011 após denúncias
de irregularidades, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi (foto), permanece
como conselheiro do BNDES na vaga destinada ao representante do ministério.
No cargo, ele recebe cerca de R$ 6.000 por mês, pagos trimestralmente. A
nomeação foi feita pela própria presidente, quando ele ainda era ministro do
Trabalho.
A assessoria do atual ministro, Brizola Neto, informou ontem que pediu à
Presidência em junho de 2012 a substituição de Lupi. A Presidência ainda não se
manifestou sobre o pedido.
"Olha, eu não sei [explicar a permanência no cargo]. Você tem que
perguntar à direção que me manteve lá até agora. Como eu era indicado pela
Presidência da República, enquanto não me tirar, eu estou lá", disse.
"Se for da confiança dela [Dilma Rousseff], permaneço", disse à Folha
o ex-ministro.
Lupi é presidente nacional do PDT, partido da base aliada ao governo.
Como conselheiro do BNDES, tem participação na aprovação do orçamento do banco
e acompanha a sua execução.
A estimativa é que o BNDES tenha movimentado R$ 150 bilhões em 2012.
A saída do ex-ministro do governo ocorreu após a Comissão de Ética
Pública da Presidência da República recomendar sua exoneração. A comissão
apurou suposto desvio ético de Lupi e também o advertiu sobre o caso.
(Fonte:Folha/Foto:Globo.com).
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