Midia Recôncavo - Oficial - Por Anderson Bella

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Instituto Brasil: Afonso Florence precisa dar explicações urgentes sobre superconvênio suspeito


Afinal, de quem é o Instituto Brasil? A ONG pertence, no papel, a uma senhora de nome Dalva Sele Paiva. Mas quem é a desenvolta Paiva, que, segundo o jornal A Tarde, doou R$ 3,5 mil a candidatos petistas na Bahia na eleição estadual de 2006? Com tamanha capilaridade e capacidade de arregimentar recursos – foram cerca de R$ 18 mi através de um contrato com a secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur) – será que a comandante do Instituto Brasil é uma empreendedora solitária? Atua só?
Desde que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) entrou em campo e determinou a suspensão dos vultosos repasses do governo baiano para a entidade, por suspeitas de irregularidades, na última quarta-feira, dona Paiva, segundo A Tarde, não atende ao celular nem permite que os telefones fixos da entidade respondam a “curiosos”. É, segundo o jornal, o mesmo comportamento do ex-secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence. Combinaram ou é coincidência?
Foi sob a batuta de Florence, hoje um vigoroso candidato a deputado federal pelo PT, que o Instituto Brasil firmou – sem licitação – seu superconvênio para a construção de casas com a Sedur. Mas parte das obras que deveriam contemplar 18 municípios com 1.120 residências populares está parada ou em ritmo lento, diz também A Tarde. Pior: O Ministério Público baiano, que solicitou ao TCE a suspensão dos repasses do governo, suspeita que o IB prestou contas supostamente com notas fiscais frias no valor de R$ 1 milhão.
Completando o circo de horrores da relação macabra entre o Instituto Brasil e a Sedur, revelada pelas investigações: a entidade já recebeu do governo baiano, pelas mãos da secretaria, R$ 8,011 milhões, portanto, quase metade do valor total do superconvênio, mas havia informado ao órgão do Estado, este mês, ter concluído somente 260 unidades habitacionais, isto é, pouco mais de 20% das residências que deverá entregar à população pobre da Bahia.
O candidato a deputado federal e ex-secretário Afonso Florence deve, ainda mais agora que o escândalo estourou, uma explicação urgente sobre o relacionamento entre a pasta que comandou e o Instituto Brasil. Ao invés de não atender ao telefone, como diz A Tarde, deveria dar um tempo em sua campanha para começar explicando, inclusive, porque, contrariando o que recomenda a boa prática administrativa pública, contratou, sem licitação, a entidade que está agora sob os holofotes do MP, do TCE e da mídia, lançando grande desconfiança sobre o governo.
Estão todos à espera de um pronunciamento seu.
 Informações do Política Livre.

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial