Cachoeira: Esmola Geral da Boa Morte será sábado
Faltando pouco mais de uma semana para a festa de Nossa Senhora da Boa Morte na cidade histórica de Cachoeira, no Recôncavo baiano(distante 110km de Salvador), o ritimo de trabalho é intenso na sede da secular irmandade responsável pelo culto a Santa . Pedreiros, carpinteiros e pintores do IPAC(Instituto do Patrimônio, Artísitco e Cultural da Bahia) correrm contra o tempo para deixar tudo pronto até sábado(6) quando a integrantes da irmandade cumprem o ritual da esmola geral para a realização da festa. O peditório ou a esmola geral é parte das obrigações que as devotas cumprem em nome do louvor à Nossa Senhora. Para esse ato, as irmãs saem de porta em porta e pelos estabelecimentos comercias pedindo contribuição para as celebrações. Domingo passado, elas se reuniram na sede da irmandade para eleger a comissão organizadora da festa de 2012.
As irmãs saem para cumprir o ritual, após reunião e reza na antiga sede da Irmandade ao lado da Capela de Nossa de Senhora da Ajuda, no centro histórico. O início do ritual sempre é cercado de muita curiosidade, principalmente por parte de turistas estrangeiros e da imprensa. O inicio do peditório está previsto para às 10 horas. A programação será retomada a partir de sábado(13) da próxima semana, às 19h com o traslado da imagem de Nossa Senhora da antiga sede no Largo da Ajuda para a capela da Rua 13 de Maio. Nesse dia, todas as integrandes da Irmandade fazem confissão e assistem missa em memória das irmãs falecidades. Após a celebração religiosa, participam junto com familiares de jantar denominado de Ceia Branca, uma referência aos pratos do cardápio à base de peixes e mariscos que não levam azeite de dendê no preparo. Nesse dia, as irmãs vestem-se de branco.
No segundo dia da festa,domingo(14) a cerimônia representa o enterro de Nossa Senhora. Antes da procissão será celebrada a chamada missa de corpo presente, às 19h, com a imagem de nossa senhora morta. Vestidas com a beca composta de saia longa preta,plissada e bata branca bordada, as irmãs saem com o rosto praticamente encoberto por um lenço branco em sinal de luto. Depois de pecorrer as principais ruas do centro histórico, seguido de filarmônicas que tocam marchas fúnebres, o cortejo é encerrado na sede da irmandade.que fecha as portas e so reabre na manhã seguinte para a grande celebração em homenagem à Assunção de Nossa Senhora.
No dia 15, este ano, uma segunda-feira, acontece o auge dos festejos. A partir das 9h terá início missa solene que celebra a Assunção da Virgem Maria aso céus. Para essa solenidade, as irmãs usam jóias, bijouterias e deixam à mostra os colares de contas de seus respectivos orixás. Após a missa sai a procissão com a imagem de Nossa Senhora da Glória, simbolizando a sua subida ao céu. “O clima é de festa e de muita alegria, porque para as irmãs o ritual representa a renovação dos votos pela devoção à Virgem”, explica o secretário de Cultura e Turismo do município de Cachoeira, Lourival Trindade Filho. Encerrada a procissão, as irmãs trocam a beca por saias rodadas coloridas e cantam e sambam para louvar Nossa Senhora. Ao mesmo tempo é servido um grande banquete para todos os presentes, tendo como prato feijoada. A festa se estende para so dias 16 e 17. Nesses dias,as irmãs o eferecem ao público escaldado de carne e verduras e caruru, respectivamente tudo isso animado por um grupo de samaba de roda.
ORIGEM- No início do século XIX mulheres negras e ex-escravas se uniram para ajudar escravos a conseguir a liberdade. Em torno da fé em Nossa Senhora, criaram uma confraria católica, a Irmandade da Boa Morte, que saiu de Salvador e foi se instalar na cidade de Cachoeira, por volta de 1820. Desde então, todos os anos, as irmãs promovem uma festa que mistura elementos do catolicismo e do candomblé e é considerada uma das mais importantes manifestações culturais da Bahia.
Desde o ano passado, a Festa de Nossa Senhora da Boa Morte foi transformada em patrimônio imaterial da Bahia. O decreto de reconhecimento foi assinado pelo governador Jaques Wagner, no dia 25 de junho de 2010. O decreto inclui a Festa da Boa Morte no Livro de Registro Especial de Eventos e Celebrações. Por Alzira Costa
As irmãs saem para cumprir o ritual, após reunião e reza na antiga sede da Irmandade ao lado da Capela de Nossa de Senhora da Ajuda, no centro histórico. O início do ritual sempre é cercado de muita curiosidade, principalmente por parte de turistas estrangeiros e da imprensa. O inicio do peditório está previsto para às 10 horas. A programação será retomada a partir de sábado(13) da próxima semana, às 19h com o traslado da imagem de Nossa Senhora da antiga sede no Largo da Ajuda para a capela da Rua 13 de Maio. Nesse dia, todas as integrandes da Irmandade fazem confissão e assistem missa em memória das irmãs falecidades. Após a celebração religiosa, participam junto com familiares de jantar denominado de Ceia Branca, uma referência aos pratos do cardápio à base de peixes e mariscos que não levam azeite de dendê no preparo. Nesse dia, as irmãs vestem-se de branco.
No segundo dia da festa,domingo(14) a cerimônia representa o enterro de Nossa Senhora. Antes da procissão será celebrada a chamada missa de corpo presente, às 19h, com a imagem de nossa senhora morta. Vestidas com a beca composta de saia longa preta,plissada e bata branca bordada, as irmãs saem com o rosto praticamente encoberto por um lenço branco em sinal de luto. Depois de pecorrer as principais ruas do centro histórico, seguido de filarmônicas que tocam marchas fúnebres, o cortejo é encerrado na sede da irmandade.que fecha as portas e so reabre na manhã seguinte para a grande celebração em homenagem à Assunção de Nossa Senhora.
No dia 15, este ano, uma segunda-feira, acontece o auge dos festejos. A partir das 9h terá início missa solene que celebra a Assunção da Virgem Maria aso céus. Para essa solenidade, as irmãs usam jóias, bijouterias e deixam à mostra os colares de contas de seus respectivos orixás. Após a missa sai a procissão com a imagem de Nossa Senhora da Glória, simbolizando a sua subida ao céu. “O clima é de festa e de muita alegria, porque para as irmãs o ritual representa a renovação dos votos pela devoção à Virgem”, explica o secretário de Cultura e Turismo do município de Cachoeira, Lourival Trindade Filho. Encerrada a procissão, as irmãs trocam a beca por saias rodadas coloridas e cantam e sambam para louvar Nossa Senhora. Ao mesmo tempo é servido um grande banquete para todos os presentes, tendo como prato feijoada. A festa se estende para so dias 16 e 17. Nesses dias,as irmãs o eferecem ao público escaldado de carne e verduras e caruru, respectivamente tudo isso animado por um grupo de samaba de roda.
ORIGEM- No início do século XIX mulheres negras e ex-escravas se uniram para ajudar escravos a conseguir a liberdade. Em torno da fé em Nossa Senhora, criaram uma confraria católica, a Irmandade da Boa Morte, que saiu de Salvador e foi se instalar na cidade de Cachoeira, por volta de 1820. Desde então, todos os anos, as irmãs promovem uma festa que mistura elementos do catolicismo e do candomblé e é considerada uma das mais importantes manifestações culturais da Bahia.
Desde o ano passado, a Festa de Nossa Senhora da Boa Morte foi transformada em patrimônio imaterial da Bahia. O decreto de reconhecimento foi assinado pelo governador Jaques Wagner, no dia 25 de junho de 2010. O decreto inclui a Festa da Boa Morte no Livro de Registro Especial de Eventos e Celebrações. Por Alzira Costa
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