Cidade mais violenta do País, Simões Filho é ponto de desova de cadáveres
Foto: Divulgação Videomonitoramento em Simões Filho (BA) |
Apontado pelo Mapa da Violência 2012 como o município mais violento do Brasil, Simões Filho (BA), localizado na região metropolitana de Salvador, soma às suas estatísticas de homicídios os assassinatos que acontecem fora de seu território. Simões Filho tem uma população de pouco mais de 116 mil habitantes, é a quinta economia da Bahia, única porta de entrada por via terrestre para a capital Salvador e sofre com uma taxa de 146,4 homicídios para cada 100 mil habitantes em 2010. Apesar de ter uma renda per capita alta e de um investimento maciço em educação, os índices de criminalidade em Simões Filho não pararam de crescer nos últimos anos. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, em 2010, houve um aumento de 43% de homicídios em relação ao ano anterior.
A cidade tida como a mais violenta do Brasil é vizinha de bairros pobres da periferia da capital baiana como Pedreira e Iraque. A malha viária urbana da capital e de Simões Filho já está unificada com o crescimento dos dois lados. Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Ceosp) do Ministério Público da Bahia, promotor de Justiça, Geder Gomes, os crimes cometidos nesses bairros de Salvador acabam se confundindo com os da cidade adjacente. “Simões Filho é pequena. Ela guarda e concentra os mesmos problemas de Salvador”, explica.
Para Gomes, esse fenômeno se deve ao fato de criminosos que atuam em Salvador usarem as diversas rodovias de Simões Filho para “desovar” cadáveres, o que acaba causando distorções nos índices de criminalidade. Contudo, isso não significa que a cidade não tenha problemas próprios na segurança pública. “Essa é uma característica comum às cidades que ficam no entorno de grandes centros, como no caso de Brasília”, exemplificou.
Outros fatores contribuem para o alto número de assassinatos em Simões Filho. O município é sede de uma parte desativada do Centro Industrial de Aratu (CIA). O complexo chegou a ter 436 mil quilômetros quadrados, compreendendo os municípios de Salvador, Simões Filho, Candeias e Lauro de Freitas. Essa área de atividade foi reduzida pela metade na década de 1980 e contemplando apenas Lauro de Freitas e Candeias.
Diante do cenário de abandono em Simões Filho, criminosos transformaram o local em uma espécie de depósito de corpos. A Via Periférica I concentra o maior número de galpões de fábricas desativados. É comum encontrar no local carros incendiados abandonados à beira da estrada.
Apesar de a segurança pública ser de competência do governo estadual, a prefeitura da cidade resolveu investir na área implantando um sistema de câmeras de vídeo para tentar inibir os delitos e ajudar na identificação de criminosos. As imagens são monitoradas por uma central administrada pela prefeitura , que encaminha as ocorrências à Polícia Militar. O iG telefonou inúmeras vezes para a prefeitura e não conseguiu falar com ninguém.
IG.
A cidade tida como a mais violenta do Brasil é vizinha de bairros pobres da periferia da capital baiana como Pedreira e Iraque. A malha viária urbana da capital e de Simões Filho já está unificada com o crescimento dos dois lados. Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Ceosp) do Ministério Público da Bahia, promotor de Justiça, Geder Gomes, os crimes cometidos nesses bairros de Salvador acabam se confundindo com os da cidade adjacente. “Simões Filho é pequena. Ela guarda e concentra os mesmos problemas de Salvador”, explica.
Para Gomes, esse fenômeno se deve ao fato de criminosos que atuam em Salvador usarem as diversas rodovias de Simões Filho para “desovar” cadáveres, o que acaba causando distorções nos índices de criminalidade. Contudo, isso não significa que a cidade não tenha problemas próprios na segurança pública. “Essa é uma característica comum às cidades que ficam no entorno de grandes centros, como no caso de Brasília”, exemplificou.
Outros fatores contribuem para o alto número de assassinatos em Simões Filho. O município é sede de uma parte desativada do Centro Industrial de Aratu (CIA). O complexo chegou a ter 436 mil quilômetros quadrados, compreendendo os municípios de Salvador, Simões Filho, Candeias e Lauro de Freitas. Essa área de atividade foi reduzida pela metade na década de 1980 e contemplando apenas Lauro de Freitas e Candeias.
Diante do cenário de abandono em Simões Filho, criminosos transformaram o local em uma espécie de depósito de corpos. A Via Periférica I concentra o maior número de galpões de fábricas desativados. É comum encontrar no local carros incendiados abandonados à beira da estrada.
Apesar de a segurança pública ser de competência do governo estadual, a prefeitura da cidade resolveu investir na área implantando um sistema de câmeras de vídeo para tentar inibir os delitos e ajudar na identificação de criminosos. As imagens são monitoradas por uma central administrada pela prefeitura , que encaminha as ocorrências à Polícia Militar. O iG telefonou inúmeras vezes para a prefeitura e não conseguiu falar com ninguém.
IG.
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