Pesquisa revela as várias faces do ciúme
Um sentimento universal. Para ele não existe cor, sexo, credo ou religião. É poderoso, transformador e polêmico. Quando se manifesta, interfere de algum modo em todo e qualquer tipo de relacionamento interpessoal, seja amoroso, familiar ou de amizade. Uns tem mais, outros menos. Ele é conhecido como ciúme.
A visão popular deste sentimento como manifestação de amor ou zelo pela pessoa amada, faz com que o ciúme seja difícil de se perceber, principalmente no que se refere a sua interferência nos relacionamentos amorosos. Foi justamente essa dificuldade, bem como a pouca informação, e publicações científica sobre o assunto, que levou as psicólogas Cristiane Ferreira, Ghina Machado e Tatiane Bedore, a realizarem uma pesquisa que investigasse um pouco mais sobre esse tema, analisando qual a sua interferência nos relacionamentos dos estudantes universitários.
Diferentemente do que muitos acreditam, o ciúme não envolve apenas um sentimento, e sim, um complexo de pensamentos, sentimentos e ações, resultante da percepção de um agente ameaçador para uma relação. "O ciúme é um sentimento voltado para si mesmo, para quem o sente, pois é, na verdade, o medo que alguém sente de perder o outro ou sua exclusividade sobre ele. Está ligado à insegurança", explica a psicóloga Ghina Machado.
O estudante de Educação Física, Ismael Marcondes, que namora há mais de dois anos, acredita que a definição do ciúme dada por Ghina é perfeita. O jovem considera o sentimento algo normal em um relacionamento, desde que se manifeste de maneira controlada. "Eu tenho ciúme da minha namorada, mas sempre que isso ocorre, nós conversamos e nos acertamos. Isso não interfere no nosso relacionamento", afirma.
Já para a estudante de Pedagogia Andressa Poggi, que assume ser uma pessoa muito ciumenta, ciúme significa não compartilhar e nem dividir com os outros o que é dela. Andressa namora há quatro anos e oito meses e confessa que já brigou muito com o namorado, por causa de ciúmes. "Algum tempo atrás, vi uma garota conversando com o meu namorado bem de pertinho, na saída da escola. Não suportei", conta. "Xinguei ela e ele. Queria bater nela, mas o meu namorado me segurou", completa.
A psicóloga Tatiane Bedore explica que nestas declarações, podemos ver dois dos lados do ciúme: o lado doce e o lado amargo. O doce é aquele que contribui para o crescimento e fortalecimento do relacionamento. Ele ocorre a partir do momento em que um dos envolvidos na relação começa a perceber a aproximação real de uma terceira pessoa, e discute então com o parceiro o porquê daquela situação, analisando como sair dela. Já o lado amargo, ocorre quando uma pessoa começa a fantasiar a presença de um terceiro na relação, se tornando então uma pessoa desconfiada. "É difícil estar com alguém que se ama, mas que vive desconfiado. Isso faz muito mal para o parceiro, para o ciumento, e conseqüente, para o relacionamento", explica Tatiane.
A pesquisa constatou também que pessoas com relacionamentos mais duradouros (em uma media de dois anos ou mais) apresentam menores índices de ciúmes, enquanto relacionamentos recentes apontam maior índice. Esta constatação sugere que pessoas com alto grau de ciúmes demonstram maior dificuldade em estabelecer um relacionamento por maior tempo. Assim, nos relacionamentos com pouco tempo de convivência, a estabilidade ainda está sendo construída e tendo o reforço cultural de poder se envolver facilmente com as pessoas, o medo de perder o outro é maior, aumentando a insegurança e acarretando em um alto grau de ciúmes.
Cristiane Ferreira explica que atualmente, há uma maior valorização do momento aqui e agora, do novo e da facilidade. Segundo ela, o amor de hoje não tem mais haver com o destino, com sofrimento e o enfrentamento. "Existe hoje uma menor valorização da união e a disposição para desafiar e crescer diminuiu", lamenta Cristiane.
Ainda de acordo com as psicólogas responsáveis pelo estudo, a maioria dos entrevistados apresentou um nível de ciúme que pode ser considerado como normal. Em alguns casos, porém, foi constatado alto grau de ciúme. Segundo as psicólogas, isso é um sinal de alerta, pois este tipo de sentimento pode, em alguns casos, estar se manifestando como sintoma de um transtorno psiquiátrico. "O melhor a se fazer, quando isso ocorre, é sugerir as pessoas que busquem ajuda e tratamento especializado", aconselham. Informações do Terra
A visão popular deste sentimento como manifestação de amor ou zelo pela pessoa amada, faz com que o ciúme seja difícil de se perceber, principalmente no que se refere a sua interferência nos relacionamentos amorosos. Foi justamente essa dificuldade, bem como a pouca informação, e publicações científica sobre o assunto, que levou as psicólogas Cristiane Ferreira, Ghina Machado e Tatiane Bedore, a realizarem uma pesquisa que investigasse um pouco mais sobre esse tema, analisando qual a sua interferência nos relacionamentos dos estudantes universitários.
Diferentemente do que muitos acreditam, o ciúme não envolve apenas um sentimento, e sim, um complexo de pensamentos, sentimentos e ações, resultante da percepção de um agente ameaçador para uma relação. "O ciúme é um sentimento voltado para si mesmo, para quem o sente, pois é, na verdade, o medo que alguém sente de perder o outro ou sua exclusividade sobre ele. Está ligado à insegurança", explica a psicóloga Ghina Machado.
O estudante de Educação Física, Ismael Marcondes, que namora há mais de dois anos, acredita que a definição do ciúme dada por Ghina é perfeita. O jovem considera o sentimento algo normal em um relacionamento, desde que se manifeste de maneira controlada. "Eu tenho ciúme da minha namorada, mas sempre que isso ocorre, nós conversamos e nos acertamos. Isso não interfere no nosso relacionamento", afirma.
Já para a estudante de Pedagogia Andressa Poggi, que assume ser uma pessoa muito ciumenta, ciúme significa não compartilhar e nem dividir com os outros o que é dela. Andressa namora há quatro anos e oito meses e confessa que já brigou muito com o namorado, por causa de ciúmes. "Algum tempo atrás, vi uma garota conversando com o meu namorado bem de pertinho, na saída da escola. Não suportei", conta. "Xinguei ela e ele. Queria bater nela, mas o meu namorado me segurou", completa.
A psicóloga Tatiane Bedore explica que nestas declarações, podemos ver dois dos lados do ciúme: o lado doce e o lado amargo. O doce é aquele que contribui para o crescimento e fortalecimento do relacionamento. Ele ocorre a partir do momento em que um dos envolvidos na relação começa a perceber a aproximação real de uma terceira pessoa, e discute então com o parceiro o porquê daquela situação, analisando como sair dela. Já o lado amargo, ocorre quando uma pessoa começa a fantasiar a presença de um terceiro na relação, se tornando então uma pessoa desconfiada. "É difícil estar com alguém que se ama, mas que vive desconfiado. Isso faz muito mal para o parceiro, para o ciumento, e conseqüente, para o relacionamento", explica Tatiane.
A pesquisa constatou também que pessoas com relacionamentos mais duradouros (em uma media de dois anos ou mais) apresentam menores índices de ciúmes, enquanto relacionamentos recentes apontam maior índice. Esta constatação sugere que pessoas com alto grau de ciúmes demonstram maior dificuldade em estabelecer um relacionamento por maior tempo. Assim, nos relacionamentos com pouco tempo de convivência, a estabilidade ainda está sendo construída e tendo o reforço cultural de poder se envolver facilmente com as pessoas, o medo de perder o outro é maior, aumentando a insegurança e acarretando em um alto grau de ciúmes.
Cristiane Ferreira explica que atualmente, há uma maior valorização do momento aqui e agora, do novo e da facilidade. Segundo ela, o amor de hoje não tem mais haver com o destino, com sofrimento e o enfrentamento. "Existe hoje uma menor valorização da união e a disposição para desafiar e crescer diminuiu", lamenta Cristiane.
Ainda de acordo com as psicólogas responsáveis pelo estudo, a maioria dos entrevistados apresentou um nível de ciúme que pode ser considerado como normal. Em alguns casos, porém, foi constatado alto grau de ciúme. Segundo as psicólogas, isso é um sinal de alerta, pois este tipo de sentimento pode, em alguns casos, estar se manifestando como sintoma de um transtorno psiquiátrico. "O melhor a se fazer, quando isso ocorre, é sugerir as pessoas que busquem ajuda e tratamento especializado", aconselham. Informações do Terra
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