"VOU MORRER MAS VOU MATAR UNS DOIS ANTES"
Por volta dás 11:00 h. de Sexta (06) uma denúncia anônima para o 190 informou que vários menores se encontravam utilizando drogas na Trav. Maringá, Clodoaldo Costa, na Beira do Rio Catolé em Itapetinga.
Ao avistar a Policia Militar chegar no local vários menores fugiram, porém os políciais do PETO conseguiram deter R.M.S. 12 anos, nascido em 13/12/98, vulgo “Cheirin”, morador da Nova Itapetinga. A criança se encontrava com 04 pinos de Crack , que segundo ele era para o seu uso.
"MENOR NÃO FICA PRESO, AMANHÃ TÔ SOLTO PRA FUMAR UM BOCADO."
Conversando com "Cheirin" algumas coisas nos chocaram, quando perguntado se ele sabia que o final de quem usava as drogas era a cadeia ou a morte ele respondeu com a maior frieza: “vou morrer mais vou matar uns dois antes”, outras falas do menino chamaram a atenção: “Menor não fica preso não, amanhã tô solto pra usar um bocado de novo, vou meter é muito assalto.”
NÚMERO DE CRIANÇAS USUÁRIAS DE DROGAS DEVEM AUMENTAR AINDA MAIS
Se o consumo de drogas constitui um dos principais problemas da sociedade moderna, o uso dessas substâncias por crianças se revela a faceta mais cruel dessa realidade. Por estar ainda em estado de formação, a criança que se droga compromete tanto o seu futuro quanto o da sociedade que a cerca. As conseqüências do uso de entorpecentes na infância são devastadoras, às vezes irreversíveis, de forma que a criança drogada se torna mais excluída socialmente e frágil perante a criminalidade.
O consumo de entorpecentes por menores, muitos ainda na primeira década de vida, é uma realidade fácil de ser constatada em Itapetinga, tanto pela população quanto pela Policia. O problema é ATERRORIZANTE e, semelhante ao que ocorre com maiores infratores, não existe infraestrutura em Itapetinga, nem no Brasil, para garantir atendimento ao mínimo dos casos.
A tendência é que o número de adolescentes e até mesmo crianças envolvendo-se no crime aumente. Isso porque a sociedade não vê as reais necessidades destes jovens, dando-lhes condições básicas de acesso aos meios de sobrevivência (trabalho que dê dignidade humana), educação e prevenção às drogas. Na verdade, não é a carência material que tem feito estes jovens adentrarem na criminalidade, mas sim, o fato de verem alguns poucos usufruindo aquilo que a sociedade demanda como requisito essencial de existência — bens materiais; e eles serem descaracterizados por não fazerem parte deste processo.
No Brasil são poucos os programas como o PREVE, aplicado nas escolas de Itapetinga, que se preocupam em prevenir o uso de drogas por crianças e adolescentes.
Jornal Virtual Itapetinga Agora