Geddel defende intervenção no PMDB de Cachoeira
“Surpreendo-me com tantos defensores da fidelidade partidária na teoria tomando posição contrária quando ela é posta em prática. Deveriam estar aplaudindo”, resumiu o ministro Geddel Vieira Lima, referindo-se às manifestações ocorridas no último dia 25 de junho, em Cachoeira, para que o PMDB recue e garanta legenda para o prefeito Fernando Antônio Pereira, o Tato, disputar a reeleição. Tato fez declarações de apoio ao ex-governador Paulo Souto, levando o presidente do partido, Lúcio Vieira Lima, a destituir a comissão executiva municipal, recomendando à nova que não conceda legenda ao prefeito.
O ministro Geddel disse que o governador Jaques Wagner foi informado previamente da decisão e argumentou que “ninguém do PMDB criticou a medida”. Segundo o ministro, não interessa ao PMDB contabilizar prefeitos em suas fileiras, mas homens públicos comprometidos com o estatuto e as bandeiras do partido. “O PMDB não tem dono, mas tem comando, e talvez por isso enfrenta menos problemas internos que outros partidos que se autoproclamam detentores do privilégio da democracia interna”, acrescentou.
Ressalvando que está afastado da presidência do PMDB devido ao exercício do ministério, Geddel afirmou que seu irmão, Lúcio, tomou a decisão com a autonomia que tem e que ele o aplaudiu por isso. “Quem veio para o partido deixou de lado os compromissos e as colorações políticas do passado para construir o futuro”, reiterou.
Geddel falou à Tribuna de Zaragoza, Espanha, onde se encontrava representando o governo brasileiro numa feira internacional sobre água. Além de debates e contatos com investidores, ele fez uma apresentação sobre o projeto de transposição do Rio São Francisco.
Fonte: Tribuna da Bahia