Moradores do município de Santo Estevão acusam a Embasa de promover um "colapso no sistema de abastecimento de água" e muitos consumidores já estão dispostos a procurar o Ministério Público e o Juizado de Pequenas Causas.
A Embasa poderá responder na Justiça a uma ação civil pública, que, segundo os consumidores insatisfeitos, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento implantou um sistema de "rodízio" no fornecimento de água na cidade - em certos dias da semana, alguns bairros recebem água e outros não -, medida que, além de reduzir a oferta do produto, implica na descontinuidade e interrupção de um serviço público essencial.
"A Embasa, como prestadora do serviço público, não está fornecendo água suficiente aos consumidores, mas com interrupções sistemáticas, mesmo sabendo que o produto a ser servido constitui bem essencial à vida humana", argumentou Maria Aparecida Oliveira, uma das consumidoras que pretende acionar o MP.
Além da alternância na distribuição da água, os consumidores reclamam que em algumas localidades não caem água nas torneiras há mais de 40 dias.
No bairro da Urbis, algumas residências estão sem água nas torneiras há mais de 15 dias. Drama maior enfrenta os moradores da Avenida Rio Branco, que em alguns pontos não chega água há mais de 40 dias. Inúmeros outros bairros da cidade e diversas comunidades rurais também convivem com os mesmos problemas.
A ideia de Maria Aparecida incentivou outros moradores de diversos bairros. Eles foram motivados a se mobilizar após uma entrevista veiculada na Paraguassu FM, onde a Promotora de Justiça, Dra. Suzilene Ribeiro orientou que os consumidores que se sentirem prejudicados com os serviços prestados pela Embasa podem acionar o Juizado de Pequenas Causas.
Para a dona de casa Maria São Pedro, moradora do bairro Alegrete, a carência do serviço levou ao comprometimento da renda familiar. “Trabalho lavando roupas para várias famílias e há dois meses praticamente não estou trabalhando”, relatou. Viúva e mãe de 6 crianças, dona Maria também pretende acionar a Justiça e pedir ressarcimento dos prejuízos.
|Ainda de acordo com o site Correio da Cidade donos de restaurantes também estão sofrendo perdas com a falha no sistema da Embasa. “Não é possível pagar uma conta tão alta, comprar um serviço que não existe, ou quando há, é de péssima qualidade”, contou Djalma Santos, cozinheiro e dono de um pequeno restaurante no Centro de Abastecimento e que também pretende acionar o MP.
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