A pré-candidatura ao Senado do ex-governador Waldir Pires (PT) ganhou força neste domingo,7, em Vitória da Conquista, em um evento realizado pelo diretório municipal do PT com o objetivo de homenagear o ex-governador. Waldir foi aclamado pela militância presente no local e admite concorrer, caso seu nome seja escolhido pelo partido.
“Foi uma homenagem muito bonita, de modo que acabou resultando no pedido de que eu pudesse ser candidato ao Senado. Não tive uma conversa com o governador ainda, mas espero que possa vir a ter. Vamos ver a evolução das coisas”, afirmou Waldir por telefone, deixando seu nome à disposição do partido para compor a chapa de reeleição do governador Jaques Wagner.
O evento, realizado no auditório da Câmara de Vereadores de Conquista, teve a presença de cerca de 200 militantes, a maioria dirigentes do PT de municípios da proximidade (Barra do Rocha, Brumado, Encruzilhada, Rio de Contas, dentre outros). O prefeito Guilherme Menezes e o deputado federal Emiliano José conduziram a cerimônia. Também havia membros do PC do B, PSB e PV.
Emiliano avaliou que o nome de Waldir vai se “firmando no campo da esquerda” para ocupar a vaga destinada ao Senado na chapa de Wagner. “É a minha posição e de vários deputados federais do PT, como Geraldo Simões, Joseph Bandeira, Luiz Alberto e Zezéu Ribeiro”, disse.
O prefeito Guilherme Menezes ressalta que a candidatura não foi uma proposta do PT de Vitória da Conquista, mas um consenso que “surgiu naturalmente durante o evento”.
Disputa - O governador Jaques Wagner afirma que a única vaga já certa entre os dois nomes que postularão ao Senado na sua chapa é a do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Otto Alencar (que deverá se filiar ao PP). Disputam o outro nome a deputada federal Lídice da Mata (PSB), cotada também para a vice, e o atual senador César Borges (PR).
Tanto Borges quanto Alencar eram aliados do falecido senador Antônio Carlos Magalhães, mas Wagner considerou superadas as antigas divergências. A candidatura de Waldir acirra ainda mais a disputa, mas seus defensores não criticam a atração de ex-opositores. “Se as negociações políticas levam a uma composição ampla, com um outro nome externo que eventualmente seja de composição, tudo bem.
Agora, que não tenhamos nome do PT e das forças progressistas, consideramos que não é um bom caminho”, disse Emiliano.
O secretário de Comunicação do governador, Robinson Almeida, explicou que deve haver uma manifestação formal do PT estadual para que ocorram mudanças na condução do processo de formação da chapa. Por enquanto, ele diz, está ocorrendo um processo acordado com o partido.
O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, não foi encontrado neste domingo pela reportagem de A TARDE para comentar o assunto.Com informações do A Tarde Online.