A vereadora de Ponta Grossa Ana Maria Branco de Holleben (PT) desapareceu ontem, no fim da tarde, após deixar a cerimônia de posse. Ela chegou a ser empossada no Cine-Teatro Ópera, no centro da cidade, e deveria ter chegado à Câmara Municipal, no bairro da Ronda, por volta das 17 horas, para a sessão que elegeria a mesa executiva da Casa. Mas não compareceu. A vereadora foi reeleita nas eleições de 2012 para o terceiro mandato.
O delegado da Polícia Civil Danilo Cesto trabalha com a hipótese de sequestro. Segundo ele, o motorista de Ana Maria afirmou, em depoimento, que ela foi retirada do carro em que estava por um homem armado, que a ameaçou e a colocou em outro veículo. Ele fugiu do local levando a vereadora. O fato teria acontecido nas proximidades do Parque Auto-Estrada, de acordo com o depoimento.
O filho de Ana Maria, segundo o delegado, chegou a receber uma ligação dela, breve, em que a vereadora apenas teria dito que estava “tudo bem”. O grupo Tigre de Curitiba, destacamento especializado em casos envolvendo sequestro, está ajudando nas investigações.
Eleição
De acordo com o Gazeta do Povo, após o desaparecimento da vereadora, que integra o grupo de oposição ao prefeito Marcelo Rangel (PPS), os outros 11 vereadores do bloco resolveram não participar da sessão que elegeria a presidência e demais cargos da mesa executiva da Câmara. Eles estavam no prédio, mas permaneceram fechados em uma sala.
Os 11 vereadores do bloco que apoia o prefeito chegaram a abrir a sessão, mas não puderam realizar a eleição por falta de quórum. Ao todo, a Casa é composta por 23 vereadores. Pelo regimento interno, para haver a eleição da Mesa Executiva é preciso, no mínimo, 12 parlamentares. A sessão foi paralisada e só por volta das 20h30 os vereadores concordaram em adiar a votação para hoje.
Marcadores: Politica